SOMENTE 8,40% DOS MUNICÍPIOS DE MS SÃO A E B NO TURISMO

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Dênes de Azevedo

 

Somente 8,4% dos municípios de Mato Grosso do Sul estão nas categorias A e B do Mapa do Turismo Brasileiro, novo sistema do MTur (Ministério do Turismo) de avaliar a economia da atividade. Somente a capital, Campo Grande, que representa 1,73%, é A. São categoria B os municípios de Bonito, Corumbá, Dourados e Três Lagoas. Eles representam outros 6,67% em relação às 60 cidades incluídas no mapa. Esses municípios são aqueles que têm maior fluxo turístico e maior número de empregos e estabelecimentos no setor de hospedagem.

Esse índice mostra a economia do turismo nos municípios. Para a categorização foram utilizados dados da RAIS/Ministério do Trabalho e Emprego e FIPE/MTur) sobre número de ocupações formais no setor de hospedagem, número de estabelecimentos formais no setor de hospedagem, estimativa do fluxo turístico doméstico e estimativa do fluxo turístico internacional.

As categorias vão de A a E. Na categoria C estão 13 municípios (21,7%), que são Miranda, Aquidauana, Rio Verde de Mato Grosso, Coxim, Costa Rica, Paranaíba, Bataguassu, Nova Andradina, Ivinhema, Naviraí, Mundo Novo, Ponta Porã, Jardim.

Na última categoria, a E (6,6%) estão Taquarussú, Paraiso das Águas, Figueirão e Alcinópolis. Esses municípios não possuem fluxo turístico expressivo e nem empregos e estabelecimentos formais no setor de hospedagem.

A maioria absoluta dos municípios do Estado estão na penúltima categoria, a D. São 38 cidades, representando 63,3% do total do Estado, onde o turismo influi muito pouco nada na economia local.

Para a construção da metodologia de categorização, o Ministério aproveitou as experiências de vários estados que já haviam desenvolvido instrumentos similares.

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Dourados está na categoria B, a mesma de Bonito, Corumbá e Três Lagoas. (Foto: Divulgação).

No Mato Grosso do Sul, dos 79 municípios 60 são considerados municípios turísticos e inseridos no Mapa do Turismo Brasileiro. No Estado são 10 regiões turísticas.

 

REGÕES TURÍSTICAS DE MS

Caminhos da Natureza/Cone Sul

Eldorado, Iguatemi, Itaquiraí, Japorã, Mundo Novo e Naviraí.

 

Bonito/Serra da Bodoquena

Bela Vista, Bodoquena, Bonito, Caracol, Guia Lopes da Laguna, Jardim, Nioaque e Porto Murtinho.

 

Caminho dos Ipês

Campo Grande, Corguinho, Dois Irmãos do Buriti, Jaraguari, Nova Alvorada do Sul, Ribas do Rio Pardo, Rio Negro, Sidrolândia e  Terenos.

 

Caminhos da Fronteira

Antônio João, Laguna Carapã e Ponta Porã.

 

Costa Leste

Água Clara, Anaurilândia, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Brasilândia, Selvíria e Três Lagoas.

 

Grande Dourados

Caarapó, Dourados, Fátima do Sul e Itaporã.

 

Pantanal

Anastácio, Aquidauana, Corumbá, Ladário e Miranda.

 

Rota Norte

Alcinópolis, Bandeirantes, Camapuã, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Paraíso das Águas, Pedro Gomes, Rio Verde de Mato Grosso, São Gabriel do Oeste e Sonora.

 

Vale das Águas

Batayporã, Ivinhema, Nova Andradinae Taquarussu

 

Vale do Aporé

Cassilândia, Inocência e Paranaíba.

 

Em todo o Brasil, o mapa incluiu 3.345 municípios.

  • – 51 municípios na categoria A;
  • – 167 municípios na categoria B;
  • – 504 municípios na categoria C;
  • – 1.841municípios na categoria D;
  • – 782 municípios na categoria E.

 

Dentro da metodologia, as cidades contempladas nas categorias A, B e C contam com 95% dos empregos formais em meios de hospedagem 87% dos estabelecimentos formais de meios de hospedagem, 93% do fluxo doméstico e têm fluxo internacional. O conjunto de municípios dos grupos D e E, reúnem características de apoio às cidades geradoras de fluxo turístico. Muitas vezes são aquelas que fornecem mão-de-obra ou insumos necessários para atendimento aos turistas.

O Mapa do Turismo Brasileiro é um instrumento de orientação para a atuação do Ministério do Turismo no desenvolvimento de políticas públicas, tendo como foco a gestão, estruturação e promoção do turismo, de forma regionalizada e descentralizada. Sua construção é feita em conjunto com os órgãos oficiais de Turismo dos estados brasileiros.

 

INVESTIMENTO

De acordo com o Ministério do Turismo, a categorização não significa necessariamente uma priorização para investimentos, pois dependerá do tipo de ação a ser feita e das prioridades definidas pelos gestores do MTur e pelo Plano Nacional de Turismo. Segundo a proposta, a categorização não restringe o número de municípios priorizados. Pelo contrário, ela permite ampliar o apoio dado pelo MTur aos municípios, segundo a política do programa.

 

(Com informações do Mapa do Turismo Brasileiro – http://mapa.turismo.gov.br/mapa/)