Ameaçado por duplicação, Restaurante Água Rica pode ser tombado

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email
Print

 

restaurante agua rica 1
Restaurante fundado em 1961 está ameaçado pelas obras da duplicação da rodovia. (Foto: Divulgação).

O deputado estadual José Carlos Barbosinha (PSB) apresentou indicação pedindo a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul que abra o processo e realize o tombamento do restaurante Água Rica, localizado na Br-163, entre Nova Alvorada do Sul e Campo Grande.

Criado em 1961, o local é informalmente considerado patrimônio histórico e cultural de Mato Grosso do Sul e está ameaçado pelas obras de duplicação da rodovia, realizadas pela empresa CCR MS-Vias.

De acordo com o projeto apresentado pela CCR, a parte direita da pista ocupará toda a área do restaurante, destruindo o prédio, além de árvores e fontes de água existentes no local. A indicação recebeu o apoio de todos os parlamentares da Assembleia Legislativa.

“Não podemos deixar que a rodovia, tão desejada por todos nós, passe por cima da nossa história. Vamos assegurar, por meio do tombamento, a preservação do restaurante e da tradição de Mato Grosso do Sul”, explicou Barbosinha.

 

Água Rica

Criado em 1961 pelo mineiro Franklin Dias de Castro, que na época ajudou centenas de viajantes que passavam pela estrada.

Sem abrigo e com fome, eles batiam a porta da casa da família, que sempre ajudava oferecendo pouso e comida. Quando a procura ficou grande, Franklin transformou a casa em restaurante.

O local se tornou o único ponto de parada por dezenas de quilômetros. Desde então, o comércio resistiu ao tempo e se tornou negócio próspero com o esposo de Inês Tomaz, filha do fundador.

O saudoso Quinzinho, que faleceu em um acidente de carro em setembro de 2013, recebeu a incumbência de tocar o restaurante em 1973 e manteve a tradição da família.

Construído em madeira, o Água Rica mantém até hoje a estrutura rústica original e pertence a mesma família, mantendo a tradição do pão de queijo, servido quentinho a toda hora e considerado o melhor do Estado.

“Estamos a disposição para colaborar no que for possível junto aos órgãos competentes para agilizar o tombamento do restaurante”, completou Barbosinha.