AEROPORTO DE DOURADOS TERÁ TERMINAL MODELO C

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estacao passageiros modelo c
Vista frontal da estação modelo C (M@) que será construída no Aeroporto de Dourados. (Ilustrações: Divulgação)

Dênes de Azevedo

 

Uma das grandes preocupações da população de Dourados é com o tamanho do terminal de passageiros a ser implantado no Aeroporto Francisco de Matos Pereira. Inicialmente o projeto previa o tamanho M1, pouca coisa maior que o atual. Mas com as articulações da classe política houve mudança no projeto e a estação será no tamanho M2 (Modelo 3), com 2.160 m².

O pessoal que opera a aviação em Dourados sempre achou o modelo escolhido inicialmente muito pequeno. A atual estação tem em torno de 900 m² e em dia de embarque simultâneos de duas aeronaves ATR 72 (70 assentos cada) já não comporta satisfatoriamente os passageiros. O M1 tem 1.210 m² de tamanho, ou seja, apenas 300 m² a mais que o atual.

De acordo com o deputado federal Geraldo Resende (PSDB), que recentemente se reuniu duas vezes com técnicos da Secretaria de Aviação Civil, está definido para Dourados o modelo C (Tamanho M2), com 2.160 m². Esse modelo é quase três vezes maior que o tamanho atual e, segundo pilotos ouvidos pelo Indicador Econômico, comportaria a demanda de Dourados para os próximos 20 anos. O modelo M2 tem capacidade para embarque em horário de pico de até 200 passageiros por hora e pode movimentar até 500 mil passageiros por ano.

Se precisar, há a possibilidade de acrescentar mais dois módulos, transformando-o no modelo M3, elevando o tamanho para 3.350 m² e dobrando a capacidade de embarque por hora, chegando a 400 passageiros. O M3 pode embarcar até 1 milhão passageiros por ano. No projeto do Programa já é previsto espaço para ampliação. Pelo programa o menor modelo é o M0, com 683 m² e o maior o M3.

Pelo estudo, cujos projetos de engenharia estão em andamento a pista de pousos e decolagens passará dos 1.950 metros de comprimento por 30 metros de largura para 2.280 x 45. O pátio de aeronaves passará dos 9 mil m² para 16.880 m² e terá 4 posições para operação simultânea de aeronaves.  Será construída estrutura de 360 m² para abrigar o novo SCI (Serviço de Combate à Incêndio) e implantada nova sinalização de pista e moderno centro de operação e navegação aérea.

Depois de pronto o aeroporto passará à Categoria 4C, comportando operações de aeronaves com até 35 metros de envergadura de asa, como o Embraer 190  ou o Boeing 737-800, este com envergadura de asa de 34,30 metros e capacidade de 162 a 189 assentos.

A obra está orçada em R$ 49 milhões, sendo que R$ 15 milhões a serem aplicados em 2017,mais R$ 15 milhões para 2018 e R$ 19 milhões em 2019. Desta forma, o sofrimento da população da região com cancelamentos e alternações de voos para Campo Grande continuará até por mais três anos.

O terminal de passageiros mudará de local. Ficará mais a oeste, no centro da pista. Hoje o que impede a operação por instrumentos para o ATR 72 é a estação de combate à incêndio, que está muito próxima da pista. Caso haja um cronograma de obras que priorize a nova estação de passageiros e a nova SCI em primeiro plano haveria a possibilidade de liberação do instrumento para o ATR. Com isso a aeronave poderia operar normalmente em condições climáticas ruins.

Na semana passada o deputado Geraldo Resende disse que cobrou do coordenador do PROFAA (Programa Federal de Auxílio a Aeroportos), Eduardo Henn Bernardi, rapidez na conclusão dos projetos de engenharia e arquitetura para a revitalização do aeroporto. A previsão é de que todos os projetos sejam entregues até o mês de maio pelos técnicos contratados pelo Banco do Brasil. A expectativa é de que as obras comecem em junho.

A licitação deverá ser feita pelo Governo do Estado. “À medida que os repasses serão realizados, fiscalizarei o andamento das obras para que não ocorram atrasos e transtornos à população”, afirma o deputado.