Startups são o futuro, mas exigem noção do digital

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Se você é desapegado, arrojado, cheio de ideias e manja do mundo digital, você pode ser um forte candidato a abrir uma startup, que nada mais é que uma empresa que busca um modelo de negócio inovador ainda em fase de desenvolvimento, normalmente de base tecnológica. Em Mato Grosso do Sul, o Living Lab do Sebrae MS é como uma “aceleradora” destas empresas, e está justamente em época de receber novos candidatos. As inscrições estão abertas tanto para quem deseja criar uma startup como quem já está aí no mercado e quer aprimorar os serviços. No ano passado foram 18 startups residentes. Para este ano a previsão é de 12 vagas.

De acordo com a analista de startups do Sebrae/MS Patricia Pereira, a diferença principal em um empreendedor de startup para um tradicional, é o perfil. “Normalmente eles são mais arrojados e destemidos na maneira como trabalham. O perfil conta muitas vezes mais que a própria idéia que podemos afunilar através do tempo. Mas o essencial de uma startup é que o crescimento dela não é proporcional ao tamanho em estrutura. Ou seja a startup consegue atingir um mercado grande sem crescer a estrutura da empresa na mesma proporção do mercado que se quer atingir. Ela consegue crescer pelo meio digital, uma base tecnológica ou em algum site, dentro do mundo digital, porque é a maneira mais fácil para que a gente possa escalar”, explicou.

O agronegócio e o setor de serviços lideram as startups criadas em Mato Grosso do Sul nos últimos três anos (tempo de vida do Living Lab). “O setor de serviços é o que mais atrai startups. Tem muito disso sendo segmentado ou não. No agronegócio em MS tem forte vertente. Sempre aparecem pessoas para resolver problemas de mercado e com a tecnologia ela faz com que demanda seja minimizada ou resolvida”, acrescentou.

Recentemente uma startup de agronegócio do Estado, que tem um aplicativo que monitora as lavouras em serviços como clima, controle de pragas e etc, conseguiu mais de R$ 500 mil de investidores –anjos para dar aporte ao negócio.

A analista destaca ainda que uma startup pode ter vários sócios e investidores em cidades diferentes. “Temos uma base de preparação e depois uma trilha de conhecimento, que ao final do programa pode preparar a startup para os investimentos. A gente trabalha ela no mercado para investimento ou para se vender”, salienta.

“Há verdadeiro startupeiro é aquele que vende a empresa quando ela chega num certo nível. Neste momento ela é vendida para outras pessoas e ele começa um novo negócio. É o perfil de uima pessoa desapegada. Essa é a ideia. Ou seja, ele constrói a startup, mas não precisa ficar o resto da vida dele nesta mesma ideia”, sinalizou.

A analista conta que tem muita gente que sai decepcionada, às vezes por ver que a sua ideia não o faz um empreendedor. “Tem muita gente que sai frustrada porque às vezes acha que é empreendedor, Ou acha que no Living Lab teremos resposta do que está dando dinheiro. Não é assim a gente dá os mecanismos e ferramentas para que a pessoa consiga procurar a melhor maneira de empreender, procurar as oportunidades.

Programas – O programa para quem quer começar neste universo é o Five Weeks, de Aceleração inicial que começa dia 20. Durante cinco semanas o empreendedor e sua equipe receberão mentorias com profissionais do ecossistema empreendedor e de áreas estratégicas, especialistas, mentores e equipe do Living Lab MS que os ajudarão a estruturar e testar a ideia de negócio para ingressar no mercado.