A Raízen Caarapó Açúcar e Álcool é a 23ª indústria de Mato Grosso do Sul a receber o Selo Ambiental do PSE (Programa Senai de Ecoeficiência), que amplia o percentual do incentivo fiscal concedido pelo Governo do Estado e atesta e classifica a eficiência ambiental das empresas. A cerimônia de entrega foi realizada neste sábado (09/04), no EcoSesi Observatório Socioambiental, em Bonito (MS), e a indústria sucroenergética recebeu o Selo Verde, que representa a pontuação máxima, ou seja, mais 5% de benefício fiscal pela boa condução das práticas ambientais.
As outras 22 indústrias estaduais que já receberam a certificação do Selo Ambiental são: Emplal (Três Lagoas), Rio Prata Embalagens (Três Lagoas), Votorantim Cimentos (Corumbá), Adecoagro Angélica (Angélica), Adecoagro Vale do Ivinhema (Ivinhema), Odebrecht Agroindustrial (Costa Rica), Odebrecht Agroindustrial Eldorado (Rio Brilhante), Copasul Fiação de Algodão (Naviraí), Central Energética Vicentina (Vicentina), Alcoolvale (Aparecida do Taboado), Bunge Alimentos (Dourados), Metalfrio (Três Lagoas), Monteverde (Ponta Porã), Santa Luzia (Nova Alvorado do Sul), Energética Santa Helena (Nova Andradina), Inflex (Dourados), InternationalPaper (Três Lagoas), Vetorial (Corumbá), Usina Sonora (Sonora), MetapRepram (Campo Grande), Semalo (Campo Grande) e Coca-Cola (Campo Grande).
Segundo o gerente do Senai de Campo Grande, Marcos Costa, o objetivo do Programa é difundir uma cultura de produção com sustentabilidade e a entidade reforça a importância de desenvolver ações voltadas para o cuidado com o meio ambiente. “O sistema de gestão ambiental deve ser contínuo. Essa certificação é um símbolo que significa que a empresa tem um compromisso ambiental e o Senai tem como função prestar esse apoio e suporta para as indústrias e mostra também que as empresas estão fazendo sua parte pelo meio ambiente”, pontuou.
Para o gerente de meio ambiente da Raizen Caarapó Açúcar e Álcool, Giuseppe Zermo, o programa já possibilitou resultados positivos e evolução na gestão ambiental. “Essa questão ambiental é muito importante para a empresa, além desse selo do PSE, nós temos outras certificações de meio ambiente e estamos sempre em busca de novos projetos, de novas metas e objetivos para essa questão de saúde e segurança no meio ambiente. Com o programa, nós já mudamos o processo e começamos a utilizar menos matéria-prima e que sejam mais ecoeficientes, tornando a nossa produção menos agressiva para o meio ambiente. A partir disso, começamos a analisar um pouco mais os nossos processos”, disse.
Os selos
Os selos ambientais do Senai servem para classificar a eficiência ambiental das indústrias estaduais de acordo com os parâmetros pré-estabelecidos no Decreto Estadual nº 13.606, de 25 de abril de 2013, que prorrogam até 2028 os incentivos fiscais para o setor industrial sul-mato-grossense, permitindo a ampliação, em até 5%, do percentual do benefício fiscal já concedido mediante à efetividade do plano técnico de sustentabilidade ambiental das empresas. O Senai, em parceria com o EcoSesi Bonito, desenvolve o Programa de Ecoeficiência, que dá suporte aos selos ambientais destinados às indústrias do Estado, sendo desenvolvido em 7 etapas: adesão, habilitação, definição de metas, implementação da metodologia do PSE, processo de auditoria, avaliação ambiental e emissão de selo ambiental.
Essas 7 etapas são relevantes para a compreensão de todo o processo, desde a habilitação da empresa até a emissão do selo, porém, é prerrogativa do Programa a análise prévia do sistema de gestão ambiental existente na empresa. Por meio da pontuação de desempenho ambiental, o PSE vai conceder 5 selos ambientais (verde, azul, laranja, marrom e branco), sendo que cada um tem sua equivalência entre a pontuação e o percentual do incentivo fiscal concedido.
O Selo Verde tem conceito entre 81 a 100 pontos e concede à indústria 5% a mais de incentivo fiscal, enquanto Selo Azul tem conceito entre 61 a 80 pontos e incentivo fiscal de 4% a mais, o Selo Laranja tem conceito entre 41 e 60 pontos e 3% a mais de incentivo fiscal, o Selo Marrom tem conceito entre 21 e 40 pontos e incentivo fiscal de mais 2% e o Selo Branco tem conceito entre 1 a 20 pontos e incentivo fiscal de mais 1%. A pontuação poderá ser revista a qualquer tempo, na vigência do benefício fiscal ou na vigência do prazo estabelecido para execução do processo de auditoria, adequando-se a um novo resultado, aumentando ou diminuindo o nível do selo no limite entre 1% e 5%.