Pesquisa mostra que MS precisa qualificar 142 mil trabalhadores

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Aos 42 anos, o Estado ainda tem muito para crescer e embora o ecoturismo seja uma importante e lucrativa vocação, o agronegócio e a indústria continuam como os dois grandes pilares da economia, garante quem entende do assunto. Focado nestes dois setores, o que não falta são meios de buscar capacitação e assegurar espaço no mercado de trabalho no Mato Grosso do Sul do futuro.

Pesquisa recente divulgada pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) mostra que o Estado precisará qualificar 142.574 trabalhadores em ocupações industriais entre 2019 e 2023 para suprir a demanda das indústrias já instalada e das que estão por vir. Dica para ter emprego garantido no setor é investir nas ocupações relacionadas a metalomecânica (metalurgia), energias renováveis ou construção civil, segundo o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo.

“A economia está voltando a aquecer. Temos essas três áreas que estão sendo direcionantes, são formas de garantir emprego rápido”, explica.

Perspectivas concretas – Uma das grandes promessas, por exemplo, é a retomada do projeto da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3).

A fábrica de fertilizantes, que começou a ser construída pela Petrobras em Três Lagoas, está sendo vendida ao grupo russo Acron. O negócio tira do “limbo” o projeto parado há cinco anos, apesar de estar com mais de 80% das obras pronto.

O Senai estima que a retomada da construção gere aproximadamente 10 mil empregos diretos e indiretos e com a conclusão, pelo menos 4 mil pessoas sejam contratadas para fazer a indústria funcionar.

A obra, portanto, absorverá mão de obra com capacitação e experiência na construção civil -alvenaria, elétrica, hidráulica, dentre outras especialidades- e depois, a fábrica precisará de trabalhadores qualificados nas mais variadas profissões industriais.

Outra região promissora, conforme previsões do setor, é a de Porto Murtinho, conforme a rota bioceânica, projeto para interligar os litorais do Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico no cone sul da América do Sul, for se tornando realidade.

“Por lá, quem tiver capacitado para trabalhar com logística, administração e comércio exterior, terá trabalho. E tem ainda toda a estrutura de manutenção, seja de veículos, barcos, contêineres. Portanto, mais uma vez a indústria da metalmecânica e automotiva terão demanda e estará de portas abertas”, completa Rodolpho.

Emprego on-line – Já prevendo a demanda da UFN3 e de outras grandes indústrias que pretendem se instalar no Estado, mas que por motivos estratégicos, de acordo com Rodolpho Caesar, ainda não tornaram os projetos públicos, o Senai não só oferece dezenas de cursos –gratuitos e pagos, presenciais e à distância–, mas pretende lançar plataforma on-line que conecta empregadores e candidatos.

“Nos mais tardar no início do ano que vem vamos disponibilizar. Mas, a gente já pode destacar que 65% das pessoas que saem do Senai, saem empregados e outros 15% já estão trabalhando e vem para os cursos para aprimorar os conhecimentos”, comentou o diretor.