Mercado imobiliário segue aquecido e bate recorde de negócios em MS

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Depois do impacto no início da pandemia de Covid-19, no ano passado, o mercado imobiliário em Mato Grosso do Sul continua registrando recordes. Juros baixos e a facilidade no crédito fizeram o financiamento quase dobrar no primeiro semestre de 2021.

Dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) divulgados nesta quinta-feira (22) apontam que o Estado registrou aumento de 99,24%, comparado com o mesmo período de 2020.

Nos seis primeiros meses do ano passado, 2.395 unidades habitacionais foram financiadas, o que totalizou R$ 569,8 milhões. Já no primeiro semestre de 2021, foram 4.496 imóveis adquiridos, o que representou R$ 1,1 bilhão.

Abril foi o melhor mês para o mercado em 2021, quando 852 unidades habitacionais foram financiadas, o que totalizou R$ 210 milhões. “Este é o melhor momento para comprar um imóvel”, disse a presidente da Abecip, Cristiane Portella, em teleconferência com jornalistas.

Os imóveis ganharam bastante valor desde o início da pandemia, segundo o presidente do Secovi-MS (Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul), Marcos Augusto Netto. “Esse ato de ficar em casa fez com que muitos investissem em um ‘puxadinho’, em consertar algo, e o mercado foi reagindo”, afirma.

Além disso, diversos lançamentos de empreendimentos tem contribuído para manter o setor em alta. “Tivemos aí esse recorde de financiamento. No começo da pandemia, foi um baque, mas aprendemos a lidar”, frisa.

Outro fator que contribuiu foi a retomada do financiamento de imóveis usados, segundo o presidente do Creci/MS (Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 14ª Região), Eli Rodrigues. “Tinha parado, mas agora está aquecendo. Agora o comprador pode optar pelo tamanho ou preço. Um imóvel usado, porém maior, pode ser um bom negócio comparado a um novo de tamanho menor”, explicou.

“Febre” no início da crise da pandemia, o investimento em imóveis para aluguel continua forte após mais de um ano. “Chegou a dar uma esfriada, mas continua. O Brasil tem um déficit habitacional alto, sempre terá demanda. E imóvel é um investimento seguro e rentável”, ressalta Rodrigues.