Ferrovia que conecta o norte de MS até Santos terá investimentos de R$ 1,5 bi

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) subscreveu R$ 750 milhões de debêntures de infraestrutura de R$ 1,5 bilhão realizada pela Rumo. Os recursos serão destinados para investimentos na Malha Paulista, cujos trilhos em suas duas pontas, vão até a divisa com as cidades de Mato Grosso do Sul, nas cidades de Rubineia e em Panorama. 

Em Panorama não há conexão alguma com outras linhas férreas de Mato Grosso do Sul. Já em Rubineia, a Malha Paulista se conecta com a Malha Norte, que passa pelo nordeste de Mato Grosso do Sul, em cidades como Aparecida do Taboado, Costa Rica, e chega a Rondonópolis (MT). 

Os investimentos têm o objetivo de fortalecer o Porto de Santos, e a conexão das duas malhas podem consolidar um dos maiores corredores de exportação do agronegócio brasileiro, conforme informou o governo federal. 

De acordo com o BNDES, a emissão recebeu o selo de debênture sustentável, atribuído a projetos que geram impactos sociais e ambientais positivos. “Classificada como Sustainability Linked Bond, ela prevê um aumento de taxa caso a emissora não cumpra o compromisso de reduzir em 17,6% as toneladas de emissões diretas de gases do efeito estufa (GEE) por quilômetro útil até 2026, e em 21,6% até 2030, tomando como referência as emissões de GEE em 2020”, informou o governo.

“Os investimentos na Malha Paulista beneficiam não só os trechos existentes no Estado de São Paulo, mas também os trechos que alimentam o corredor de exportação e vêm de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, reforçando a competividade do agronegócio brasileiro. Além da ampliação de capacidade e do ganho de eficiência operacional, haverá melhoria na segurança para a população do entorno e avanço na descarbonização do transporte de cargas”, ressaltou o superintendente da Área de Infraestrutura do BNDES, Felipe Borim.

A operação reflete ainda o esforço do Banco em diversificar as soluções de financiamento para empresas brasileiras, atuando em conjunto com outros financiadores e em parceria com o mercado de capitais por meio da emissão de títulos de longo prazo.

“Na atuação como estruturador de emissões de debêntures, o BNDES adiciona sua experiência em análise de projetos de infraestrutura, contribuindo para a atração de capital privado para investimentos de longo prazo no setor a taxas competitivas” avaliou o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do Banco, Nelson Barbosa. “O BNDES vê o mercado de capitais como parceiro e pretende estruturar mais operações de debêntures no futuro, em especial no setor de infraestrutura”, completou.