Estado atinge recorde na geração de empregos formais em 2022

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Mato Grosso do Sul se destaca na geração de empregos formais neste ano. No acumulado de janeiro a maio, o Estado registra saldo positivo de 25.794 vagas de trabalho, resultado de 157.290 admissões e 131.496 demissões.  

O saldo é o melhor para o período de cinco meses desde o início da série histórica iniciada em 2004. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Previdência.  

Em todo o ano passado, Mato Grosso do Sul teve saldo positivo de 36.287 vagas com carteira assinada, ou seja, nos cinco primeiros meses deste ano o acumulado já representa 71,08% do total gerado em 2021, quando o Estado bateu recorde na geração de empregos.

O doutor em Economia Michel Constantino avalia que os empregos têm batido recordes tanto no âmbito nacional quanto no estadual.  

“A retomada econômica já aconteceu, e agora estamos em fase de confiança do comércio, do varejo, da indústria e dos serviços. Assim, os empreendedores aumentam os investimentos em produção e emprego”.

A atração de novas indústrias e a abertura de empresas têm sido os principais propulsores da criação de postos formais de trabalho. Entre os novos players está o Projeto Cerrado, indústria de celulose em Ribas do Rio Pardo que está em construção desde o ano passado.  

Para o economista, a estratégia é aumentar esse tipo de investimentos para que o Estado continue em crescimento.  

“Continuando a atrair investimentos como a empresa Suzano e a outra que está vindo do Chile [Arauco]. Abrir novos mercados e reduzir o tamanho do Estado na economia”, completou.

O outro investimento citado pelo economista é o Projeto Sucuriú. Conforme adiantado pelo Correio do Estado na semana passada, a Arauco trará uma empresa do mesmo porte da citada anteriormente para a cidade de Inocência. A projeção é de que as obras comecem em 2024 e é estimada a geração de mais de 12 mil empregos diretos e indiretos.  

SETORES

Entre os segmentos, o destaque para a geração de vagas continua nos serviços. Conforme os dados do Caged, o setor registra saldo positivo de 11.215 vagas, resultado de 59.817 admissões e 48.602 demissões.

Na sequência vem a agropecuária, com saldo de 5.580, construção, 3.886, indústria, 3.037, e comércio, 2.076.

O mestre em Economia Eugênio Pavão disse que o crescimento dos serviços foi possível, “principalmente, com o retorno de grandes eventos, festas, shows, palestras, aulas presenciais e a cadeia de fornecedores deste setor”.

Vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Mato Grosso do Sul (Abih-MS), Marcelo Mesquita afirma que os resultados poderiam ser ainda melhores para os serviços, mas falta mão de obra.

“Estamos em pleno momento de contratação, a única situação que enfrentamos é o apagão de mão de obra. Quando falo isso é por mão de obra qualificada para operação hoteleira”, resume.  

No resultado mensal, Mato Grosso do Sul também registrou o melhor resultado para o mês desde 2004. Foram 6.644 contratações com carteira assinada, com destaque também para o setor de serviços, que registrou 2.516 vagas a mais, seguido do comércio, 1.345, e indústria, 999.