Setor supermercadista do Estado estima crescer 4%

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O setor supermercadista de Mato Grosso do Sul deve seguir uma tendência otimista de crescimento neste ano, alinhado ao cenário nacional. De acordo com a Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados (Amas), o atual cenário é de crescimento contínuo.

De acordo com o presidente da Associação, Denyson Prado, a estimativa é de crescimento real, já deflacionado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Como não estamos com a inflação muito alta, a nossa expectativa de crescimento de um ano para o outro está na média de 4%. Esse ano antecede as eleições, mas é um ano comum, a expectativa que nós temos de crescimento é essa, de não ter desaceleração na economia”, declarou.

Considerando o faturamento dos maiores grupos do Estado, que em 2024 foi de R$ 5,3 bilhões, o incremento de 4% no ano vigente deve passar de R$ 200 milhões na economia estadual.

Conforme levantamento da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (Jucems), somente a quantidade total de supermercados ativos registrados na repartição somam 863, além de 27 hipermercados. Destes, 156 supermercados estão localizados em Campo Grande. Até o mês de julho deste ano, 20 novos supermercados foram abertos e registrados na Jucems. 

Os números refletem o crescimento já registrado no faturamento nacional de 2024, divulgado no Ranking da Associação Brasileiras de Supermercados (Abras) este ano. Incluindo o varejo de autosserviço, o setor rendeu R$ 1,067 trilhão, o que representou crescimento de 6,5%. 

Esse valor, ainda conforme o Ranking, representou uma participação equivalente de 9,12% no Produto Interno Bruto (PIB), mantendo mais de 9 milhões de trabalhadores e 424 mil lojas em todo Brasil. Na última década, o faturamento do setor mais do que dobrou.

CONSUMO
Em âmbito nacional, o consumo das famílias brasileiras também apresentou crescimento médio de aproximadamente 4%, conforme monitoramento da Abras. 

“O resultado reflete um movimento sustentado pela melhora da renda e do mercado de trabalho: a taxa de desemprego recuou para 5,8% no trimestre encerrado em junho, o menor nível desde 2012, enquanto o rendimento real habitual dos trabalhadores alcançou R$ 3.477, alta de 3,3% frente a 2024”, divulgou a instituição. 

Também conforme a análise da Associação, o consumo é avaliado como resistente, o que só reforça o potencial de crescimento.

“Esses indicadores mostram que o consumo se manteve resiliente mesmo diante de alterações em programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e injeções extraordinárias de recursos na economia, incluindo restituições do Imposto de Renda e saques do PIS/Pasep”, divulgou a instituição. 

Para o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, os resultados evidenciam um consumo mais sólido, incluindo nas famílias que deixaram de receber auxílios governamentais. 

“O menor volume de recursos destinados ao programa de transferência de renda indica que as famílias que passaram a se sustentar apenas com a renda do trabalho mantiveram a autonomia financeira e ainda fortaleceram o seu poder de compra no varejo alimentar”.

RENDIMENTO
Conforme divulgado pelo Correio do Estado em abril deste ano, também conforme o Ranking, as redes supermercadistas com sede em Mato Grosso do Sul tiveram uma receita de R$ 5,3 bilhões em 2024. 

O volume, que já é expressivo e maior que o orçamento anual de todas as cidades do Estado, sequer representa todo o faturamento do setor, pois não contabiliza o faturamento de grandes redes como Grupo Pereira (Comper e Fort Atacadista), Grupo Carrefour (Atacadão e Hiper Carrefour), Assaí e Pão de Açúcar. A estimativa, inclusive, é de que o faturamento dessas grandes redes ainda chegue ao dobro. 

O Grupo ABV é original de Dourados, e liderou o faturamento bruto com R$ 1,29 bilhão. Além do município sede, a rede também atua em cidades como Ponta Porã, Itaporã, Maracaju, Nova Andradina e Paranaíba. 

Na sequência, o Grupo Pires ocupa a posição de segunda maior marca no setor de supermercados em Mato Grosso do Sul. O faturamento foi de R$ 890,6 milhões em 2024. A maioria das lojas está localizada em Campo Grande, mas há atuação do Grupo também em Dourados, Maracaju e Rio Brilhante. 

Em terceiro lugar no Ranking ficou a VRA Comércio, empresa do Grupo Veratti, Grupo Veratti, que surgiu em 1983 na cidade de Costa Rica. A principal marca da empresa é a Mega, mercado ou atacadista, também em Chapadão do Sul, Corumbá, Ivinhema e Amambai. 

O faturamento da VRA em 2024 foi de R$ 637,6 milhões. Ainda conforme a pesquisa, a nível nacional, MS ocupa a 14ª posição de participação dos estados no faturamento. 

Correio do Estado