
Dênes de Azevedo
A receita nominal do comércio de Mato Grosso do Sul cresceu 1,7% em junho deste ano, em relação a junho do ano passado. O resultado é melhor do Centro Oeste e está acima da média do Brasil, que ficou no zero. É o que aponta a pesquisa conjuntural do comércio do IPF-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS).
O desempenho positivo do Estado foi puxado pelos setores de combustíveis e lubrificantes, que cresceu 5,5%; de alimentação (hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo), que evoluiu 5,3%; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos, que avançou 5%; livros, jornais, revistas e papelaria, que elevou a receita em 2,7% e ainda outros artigos de uso pessoal e doméstico, que ficou positivo em 2,6%. Tecidos vestuário e calçados cresceu 0,1%.
Os destaques negativos são os setores de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, cujo resultado das vendas teve queda de 8,5%; materiais de construção, com queda de 3,1% e móveis e eletrodomésticos, com -1,4%. O setor de veículos, motos, partes e peças teve queda nominal de 0,9%.
O resultado global da receita nominal do comércio no Brasil não teve crescimento de junho deste ano para o mesmo mês do ano passado. Mais 5 das 10 atividades comerciais apresentaram crescimento, com destaque para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos, que avançou 10,2% e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que cresceu 10,1%. Os setores com maior queda de receita foram o de veículos, motos, partes e peças, com -14%, e livros, jornais, revistas e papelaria, com -9,4%.
Com relação ao Centro Oeste, Mato Grosso foi o único a apresentar variação positiva na receita nominal. Em relação a junho do ano passado o Distrito Federal teve queda de 7,8%; Goiás, 4,6% e Mato Grosso ficou com -1,3%.
ACUMULADO
No acumulado de 12 meses Mato Grosso do Sul também está positivo e acima da média do país. A receita nominal do comércio no Estado cresceu 0,8% enquanto que a global do Brasil caiu 2,1%.
O melhor setor foi outros artigos de uso pessoal e doméstico, que cresceu 14,5%, e o de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos, que avançou 13,3%. Os piores foram os de veículos, motos, partes e peças, com queda de 12,6%, e o de móveis e eletrodomésticos, que despencou 10%.
A pesquisa do IPF-MS tem como objetivo acompanhar o comportamento dos principais segmentos do comércio varejista do Estado, usando como base a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE.
Resultado Nominal é o conceito fiscal mais amplo e representa a diferença entre o fluxo agregado de receitas totais (inclusive de aplicações financeiras) e de despesas totais (inclusive despesas com juros), num determinado período.