Produção de milho subirá para 18,8 milhões de toneladas em 10 anos

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O Ministério da Agriculrtura Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou um estudo em que prevê um crescimento médio de 36,8% na produção de grãos e de 23% na pecuária, com ênfase nas carnes bovina, suína e de aves.

O Estado de Mato Grosso do Sul é mencionado, de forma de detalhada, três vezes no estudo.

Neste caso, as culturas agrícolas detalhadas são milho, soja e cana-de-açúcar. Algodão e eucalipto – para a produção de roupas, celulose e papel – também são citados, mas os números não são detalhados.

Os números são do estudo “Projeções do Agronegócio, Brasil 2021/22 a 2031/32”, que foi feito pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), pela Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e pelo Departamento de Estatística, da Universidade de Brasília (UnB).

No milho, o estudo do Mapa para Mato Grosso do Sul mostra que – nos próximos dez anos – a produção vai saltar de 12,1 milhões de toneladas, para 13,8 milhões de toneladas, configurando-se em uma variação positiva de 13,6%.

A área plantada vai passar de 2,1 para 2,7 milhões de hectares. Hoje, o Estado tem a terceira maior produção do País. No Brasil, 10,7% da produção saem de Mato Grosso do Sul.

Outro ponto que chamou a atenção no milho está relacionado à produção de etanol de milho. Este ano, a produção de etanol de milho tipo anidro foi de 209,4 milhões de litros.

No etanol hidratado, também de milho, a produção foi de 488,7 milhões de litros Ao todo, a produção ficou em 698,2 milhões de litros. Porém, o estudo não diz para quanto vai a estimativa de produção no Estado nos próximos dez anos.

Na soja, a produção para os próximos dez anos – segundo o Mapa – vai saltar de 8,8 para 11,5 milhões de toneladas, o que dá uma variação positiva de 30,5%. A área plantada vai aumentar de 3,5 para 4,2 milhões de hectares. Mato Grosso do Sul é o quinto maior produtor do grão e detém 7% da produção nacional.

A outra cultura citada no estudo do Mapa – no caso, a cana-de-açúcar -, a previsão para os próximos dez anos é de um salto produtivo, saindo de 44,1 para 59,1 milhões de toneladas, culminando em uma variação positiva estimada em 33,9%.

No caso da área plantada, o salto seria de 649 para 890 mil hectares de terras, o que dá um crescimento de 37,2%. Marto Grosso do Sul é o quatro maior produtor de cana-de-açúcar no Brasil, com 7,8% do total nacional.

O algodão também é citado no estudo do Mapa, mas as projeções locais não foram mencionadas. De acordo com o Mapa, Mato Grosso do Sul produziu – na última safra – 49 mil toneladas de algodão, o que corresponde 1,9% da produção nacional, assumindo a quarta posição no País.

A estimativa para o futuro não é citada. O amendoim, cultura agrícola emergente no Estado, sequer aparece no estudo do Mapa.

Na parte da pecuária, juntando-se as carnes bovina, suína e de aves, o estudo do Mapa aponta para um crescimento de 23% na produção nacional. No entanto, os números locais não são mencionados.

No caso da carne bovina, o Mapa afirma que em 2021 foram abatidos 2,95 milhões de animais, deixando Mato Grosso do Sul na terceira colocação e com 10,7% da produção nacional.

O estudo aponta crescimento nacional de 25,6% na produção de carne de frango, 29,1% na carne suína e 14,9% na carne bovina. Mato Grosso do Sul é apenas citado como um mercado emergente, porém, sem estimativas locais para os próximos dez anos.

A grande lacuna do estudo “Projeções do Agronegócio, Brasil 2021/22 a 2031/32” vem do eucalipto, que é matéria-prima da celulose e papel.

O estudo não cita a Eldorado Brasil, sequer menciona a Suzano e apenas aponta que o aumento da produção – em Mato Grosso do Sul – virá da Fibria, que não existe mais no Estado.

A Fibria, que era do grupo Votorantim, foi comprada pela Suzano em 2018 por R$ 65 bilhões e está construindo uma fábrica em Ribas do Rio Pardo. Já a fábrica da Arauco, que será construída em Inocência, também não é mencionada nas estimativas para os próximos dez anos. As duas fábricas já estão em pleno funcionamento em 2032.