Exportações de MS para a Argentina mais que triplicam

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Mato Grosso do Sul registra crescimento de 234% nas exportações para a Argentina neste ano. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) apontam que, no período de janeiro a setembro do ano passado, foram negociados US$ 287 milhões com o país sul-americano, já no mesmo intervalo deste ano foram US$ 960 milhões. 

A participação da Argentina na balança comercial do Estado também aumentou, saindo de 3,5%, em 2022, para 11,8%, nos nove primeiros meses deste ano. Entre os principais produtos negociados com o país vizinho estão a soja, o minério de ferro, o ferro fundido, as pastas químicas de madeira e a carne suína. 

De acordo com o analista de comércio exterior Aldo Barrigosse, o aumento da produção de soja, principalmente, tem feito com que MS busque novos destinos.

“Nossa produção de soja vem crescendo anualmente e nossos exportadores têm buscado outros mercados para comercializar. Nosso país vizinho tem uma demanda para este produto, e como o câmbio é favorável para exportarmos para eles, isso tem ajudado neste aumento do volume exportado”, avalia. 

Conforme os dados do Mdic, foram enviadas 1,603 milhão de toneladas de soja para a Argentina entre janeiro e setembro deste ano, um crescimento de quase seis vezes (491%) em relação à quantidade exportada em 2022, quando o Estado comercializou 271,721 mil toneladas de soja para o país.

Quanto ao volume financeiro, a alta é de 373%: em 2022, foram US$ 171,105 milhões, enquanto neste ano os valores chegaram a US$ 810,888 milhões.

O doutor em Economia Michel Constantino avalia que a quebra da safra da oleaginosa no país vizinho, estimada em 42% para este ano, motivou o aumento das compras do grão sul-mato-grossense. 

“Uma das causas foi a grande quebra de safra que eles tiveram. Outra possível causa é o problema econômico deles, com produtos mais caros que os nossos”, avalia.

Barrigosse ainda detalha que há um conjunto de fatores que favorecem a negociação com a Argentina. 

“Mercado favorável, produtos disponíveis, câmbio ajudando e demanda alta pela soja. Além do aspecto positivo com a questão logística: soja e minério por via fluvial e celulose e carnes pela rodovia”, explica o analista.