Concessão de crédito para safra 2022/23 tem alta de 53%, diz BB

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O Banco do Brasil já contratou R$ 11 bilhões em financiamentos a produtores rurais para a safra 2022/23, iniciada em 1.º de julho, 53% a mais do que em igual período de 2021. 

Em menos de um mês de vigência da nova safra, o banco efetivou 24,9 mil operações contratadas em 3 mil municípios, segundo dados antecipados com exclusividade ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Do total, 43% dos contratos foram feitos para agricultores familiares e de médio porte, por meio do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). O banco prevê fornecer R$ 200 bilhões em financiamentos na safra 2022/23

“O Banco do Brasil consolida seu protagonismo no agronegócio, ampliando o apoio aos produtores e fomentando o crescimento dos negócios no campo e na cadeia produtiva da agropecuária”, disse Renato Naegele, vice-presidente de agronegócios, empréstimos e financiamentos.

Dado o crescimento expressivo do valor já desembolsado, o Banco do Brasil informou ainda que vai solicitar ao governo o remanejamento dos recursos, especialmente para operações a agricultores de pequeno e médio porte.

Valores

O Plano Safra 2022/2023 disponibilizará R$ 340,88 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional, Este é o maior em volume de recursos já empregado para a viabilização de um ciclo. 

O aumento é de 36% em relação ao Plano anterior, chegando a uma alta de 39% do total disponibilizado, no valor de R$ 246,28 bilhões, ao custeio e comercialização e 29% a mais para investimentos, totalizando R$ 94,6 bilhões.

Na definição das taxas de juros cobradas dos produtores, o governo deu prioridade aos beneficiários dos programas nacionais de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), como já vinham sinalizando membros do Executivo. Para o Pronaf, serão R$ 53,61 bilhões a juros anuais entre 5% e 6%. Para o Pronamp, o montante será de R$ 43,75 bilhões, com juros de 8% ao ano.

“Foi um plano de safra robusto apesar das taxas de juros serem altas porque a Selic não é a mesma do ano passado, mas comparando o plano atual com o anterior, ele atende muito o setor. Trata-se de um valor recorde, privilegiando sempre, como fizemos nesses três anos, os pequenos e médios produtores”, disse Tereza Cristina.