Clima deve reduzir produtividade do milho safrinha no Estado

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Da Redação

A combinação entre excesso de chuvas durante o período de plantio e estiagem no mês de abril reduziu o potencial produtivo das lavouras da segunda safra de milho da região de Dourados, em Mato Grosso do Sul. Isso foi o que constatou a Equipe 9 do Rally da Safra 2015/2016, único levantamento de safra técnico privado. Agricultores projetam que a colheita será significativamente menor do que a do ano passado.

Prognóstico do Rally da Safra aponta para uma redução na produtividade do milho safrinha em virtude de adversidades climáticas
Prognóstico do Rally da Safra aponta para uma redução na produtividade do milho safrinha em virtude de adversidades climáticas

De acordo com José Tarso Rosa, tesoureiro do Sindicato Rural de Dourados e que cultiva 700 hectares na região de Laguna Carapã, as lavouras que foram semeadas mais cedo, em janeiro, sofreram com o excesso de chuvas no período de plantio. Mais tarde, em abril, as plantações ficaram cerca de 20 dias sem precipitações, o que prejudicou praticamente todas as lavouras, informou Rosa.

O presidente do sindicato, Lucio Damalia, disse que o plantio na região de Dourados se estendeu de janeiro até o início de abril. Assim, a falta de chuva pegou o milho em diversos estágios de desenvolvimento. “A safra está ruim, tivemos muitos problemas com o clima e, agora, para as áreas que foram semeadas mais tarde, ainda temos a possibilidade de geadas”, disse.

Conforme revelou Damalia, alguns produtores abandonaram parte das lavouras. Ele ponderou, contudo, que as últimas lavouras que foram semeadas podem reverter parte dos danos se voltar a chover de forma regular.

A Agroconsult estima que o rendimento médio das lavouras no Estado será menor do que o do ano passado. A mais recente projeção é de que serão colhidas 85 sacas por hectare na safra atual, ante 94 sacas por hectare no ciclo anterior. Em palestra a produtores, Fabio Meneghin, sócio analista da Agroconsult, alertou que o número pode ser revisado para baixo novamente pela consultoria. “De acordo com o que a equipe observou no campo, este número deve ser reduzido”, disse ele.

Com 800 hectares semeados com milho safrinha no município de Laguna Carapã, o agricultor Luiseu Bortoloci, estima que terá produtividade ainda menor, entre 50 e 70 sacas por hectare, a depender da área. No ano passado, em média, Bortoloci colheu 90 sacas por hectare. “Ficou sem chover por quase 30 dias, isso causou muito prejuízo”, lamentou ele.

Com informações da Famasul