Capacidade de esmagamento da soja passará de 1.500 toneladas por dia para 2.200 toneladas por dia a partir de agosto

Dênes de Azevedo
A Bunge Alimentos está investindo R$ 40 milhões em Dourados na ampliação de sua unidade de processamento de soja. Com isso a capacidade de esmagamento de soja passará de 1.500 toneladas por dia para 2.200 toneladas por dia. Serão quase 700 mil toneladas por mês, o que significa um aumento no processamento de 30%. As informações são da Assessoria de Comunicação da empresa.
As obras já estão em andamento, na fase de aterro, com previsão, segundo vice-presidente da companhia, o ex-ministro Martus Tavares, de serem concluídas em agosto deste ano. O investimento vai criar 50 novos empregos, diretos e indiretos. Em Dourados a empresa produz farelo de soja para nutrição animal e óleo de soja.
A informação sobre a ampliação havia sido divulgada por Martus Tavares no início do mês, em audiência com o governador, Reinaldo Azambuja, na Governadoria. Segundo o governador, a ampliação está de encontro à proposta do Governo, de agregar valor à produção, através da industrialização dos comodities dentro do Estado.
Só no ano passado, Mato Grosso do Sul exportou 3,4 milhões de toneladas de soja em grãos, isso significa uma alta de 41,8% em relação às vendas do grão para o mercado externo em 2014, sendo também o maior volume já exportado na história. Esse volume coloca o Estado como o quarto maior exportador da oleaginosa do País.
Núcleo Industrial
A unidade da Bunge de Dourados, a única que processa soja no Estado, está instalada no NID (Núcleo Industrial de Dourados), localizado na região sul da cidade, e que pertence ao Estado. O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, reafirmou que o Estado fará obras para melhorar a logística do distrito.
O secretário diz que o governo estadual já tem licitado o projeto de reestruturação do Núcleo Industrial de Dourados, com previsão de obras no trevo de acesso e na pavimentação das ruas. O núcleo tem 340 hectares, metade ainda a ser ocupada por indústrias. De acordo com um cálculo da Prefeitura de Dourados é possível acomodar no local mais 20 indústrias, entre grandes e médias.
Na conversa com Tavares, o governador pediu que a Bunge faça um estudo para utilizar o terminal portuário fluvial de Porto Murtinho para exportações. O terminal, no Rio Paraguai, e que fica a 400 km de Dourados, voltou a operar em outubro do ano passado, após mais de uma década fechado, e há expectativas de ser o canal de exportação de 300 mil toneladas de produtos neste ano, melhorando a competitividade do setor produtivo do Estado.
“O porto é peça fundamental na ação estratégica do governo de investir nos modais ferroviário e hidroviário”, avalia Verruck. (Com Assessoria da Bunge e do Governo do Estado).