Já ouviu falar no Open Banking? Saiba como ele pode afetar a vida bancária da classe A a E

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Você já ouviu falar em Open Banking? Em tradução livre, o termo significa ‘banco aberto’ ou ‘sistema bancário aberto’ e pode impactar a vida bancária de todos desde a classe A até a E no Brasil. A principal mudança que começou na segunda quinzena de agosto é que todas as instituições financeiras utilizem uma tecnologia padronizada, com objetivo de facilitar o compartilhamento de dados, que passa a ser uma decisão do cliente.

Isso significa que todos os seus dados como cliente de um determinado banco poderão ser compartilhados com outras instituições. São informações construídas ao longo de todo o tempo que o cliente manteve movimentações em determinada instituição como contas pagas em dia, salários recebidos, empréstimos, financiamentos e outros.

Para aderir ao sistema, os clientes precisam autorizar, por meio dos canais digitais das instituições financeiras, quais informações desejam compartilhar e estabelecer o prazo para este compartilhamento.

Agora, é possível pegar todas essas informações e levá-las para onde quiser. Assim, ao mudar de banco, o cliente não precisa mais iniciar um relacionamento do ‘zero’ com o novo banco, que poderá oferecer produtos e serviços mais adequados ao perfil de cada usuário.

Mas, afinal, quais as vantagens na prática?

Conforme o próprio Banco Central, umas das principais vantagens para os clientes será uma possível redução no preço de produtos e serviços — como a taxa de manutenção de conta ou de transferências, por exemplo. 

Isso porque, com o compartilhamento ágil dessas informações, o cliente terá o poder de trocar de banco de forma mais fácil e com menos burocracia, ou seja, a ideia é que as instituições financeiras deverão ‘lutar’ para manter seus clientes. 

Exemplo de uma situação em que o Open Banking pode beneficiar o cidadão é quando você quer pegar um empréstimo, mas as taxas de seu banco estão muito altas. Você pode até tentar ir a outro banco conseguir o dinheiro, mas sem essas informações sobre seu histórico, será bem difícil.

Com o compartilhamento de dados, você poderá comparar — em condições similares — qual instituição vai te oferecer uma taxa mais atraente, uma vez que todos terão acesso às mesmas informações sobre seu histórico e perfil bancário.

Como autorizar o compartilhamento de dados bancários?

O Banco Central explica que o compartilhamento dos dados deve ser autorizado pelo cliente, que deve passar pela fase de autenticação e confirmação. Todo o procedimento deve ser feito pelos canais digitais dos bancos.

São vários dados que podem ser compartilhados que vão desde informações cadastrais como endereço, estado civil e faturamento a movimentações financeiras como limites, saldos e cartões de crédito.

Próximas fases do Open Banking no Brasil

Na terceira fase, com início em 30 de agosto, vai ser possível iniciar um pagamento fora do ambiente do banco via Pix. Clientes poderão ter acesso a serviços como pagamentos e propostas de crédito por um aplicativo de mensagem, por exemplo.

Na quarta fase, que terá início em 15 de dezembro, será possível compartilhar outros dados de produtos e serviços, como informações relacionadas a operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência.

Ainda há um cronograma previsto para 2022, quando haverá a liberação gradual de outras funcionalidades. Confira as datas:

  • 15 de fevereiro de 2022 — Compartilhamento de serviços e transferências entre contas do mesmo banco e TED.
  • 30 de março de 2022 — Compartilhamento do envio de propostas de operações de crédito a clientes que aderirem ao open banking.
  • 31 de maio de 2022 — Compartilhamento de dados de clientes sobre demais operações financeiras, como câmbio, investimentos, previdência e seguros.
  • 30 de junho de 2022 — Compartilhamento de serviços de pagamento por boleto.
  • 30 de setembro de 2022 — Compartilhamento de serviços de débito em conta.