Arrecadação de MS atinge R$ 5,06 bi no 1º trimestre

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Com o aumento dos juros e o crescimento da economia, a arrecadação de Mato Grosso do Sul atingiu o melhor resultado para o primeiro trimestre em toda a série histórica do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), iniciada em 1999.

A arrecadação com todos os impostos em Mato Grosso do Sul chegou a R$ 5,058 bilhões nos primeiros três meses de 2023. Crescimento de 12,34% (ou R$ 556 milhões) na comparação com o mesmo período de 2022, quando foram recolhidos R$ 4,502 bilhões. O número é o maior registrado na série histórica do boletim do Confaz.

De acordo com o doutor em Economia Michel Constantino, o aumento se deve principalmente à alta das taxas e à recuperação econômica.

“O aumento de tributos é o que dá maior impacto na arrecadação. E o crescimento da economia é o melhor cenário [para ampliar o recolhimento de impostos], que acontece no longo prazo, com abertura de novas empresas, mais emprego e aumento da renda real”.

Mesmo sendo um período de crescimento na arrecadação com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) continua liderando com o maior valor recolhido, ou 77,42% do total. 

Foram angariados R$ 3,916 bilhões com o ICMS entre janeiro e março deste ano, alta de 9,92% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o Estado recolheu R$ 3,562 bilhões com o imposto. 

Na sequência vem o IPVA, sendo responsável por 13,52% do total recolhido, R$ 683 milhões. Os outros tributos foram responsáveis por uma fatia de 6,45% (R$ 326 milhões).

E o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD ou ITCMD) arrecadou 2,51% do total, ou R$ 126 milhões. 

No recorte mensal, o total recolhido em janeiro – de R$ 1,972 bilhão – foi o maior do ano, seguido por março, com R$ 1,618 bilhão, e fevereiro, com R$ 1,466 bilhão. O mês do Carnaval tem menos dias úteis. 

O economista Eduardo Matos defende uma reforma tributária para simplificar e aliviar o bolso dos contribuintes de forma prudente.

“O sistema tributário é o principal alvo de reclamações de todos os que pagam impostos. A questão é não prejudicar as contas estaduais por meio da queda na arrecadação, principalmente se levarmos em conta que muitos estados no Brasil têm problemas com as contas públicas”, disse.