Semana do Leite inicia com desafio de melhorar produção e consumo em MS

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Com um consumo per capita de 166 litros de leite ao ano, o Brasil ainda se encontra abaixo do consumo verificado em outros países desenvolvidos (cerca de 250-300), mas bem acima do total consumido há duas décadas. Deste montante, somente 66 litros seriam produzidos nacionalmente e o resto oriundo de importação. Em busca de mudar este cenário e melhorar a produção leiteira no Estado, foi aberta hoje a Semana Sul-matogrossense do Leite. O secretário executivo de Desenvolvimento Econômico, Rogério Beretta, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta participou na manhã de hoje (30) do evento chamado “Leite da Manhã”, tradicional na Assembleia Legislativa que reuniu deputados estaduais e representantes da cadeia produtiva do leite, na sala da Presidência. O encontro abre as atividades do Seminário Estadual do Leite, que acontece na tarde de hoje, no Plenário Deputado Júlia Maia.

No Estado, a atividade leiteira está presente em três polos de produção que abrigam cerca de 60 laticínios e 20 mil produtores de leite que se destacam pelo volume de leite produzido, pela presença de indústrias lácteas, pelo comércio de insumos e pela assistência técnica. São eles: Leste, Centro e Sul, totalizando 31 municípios, responsáveis por mais de 70% da produção estadual.

“A Assembleia Legislativa mostra mais uma vez que está aberta para debater propostas que deem resultados à cadeira produtiva. Esse evento é de grande valor, pois representa que esta Casa tem buscado medidas efetivas para mudar o patamar em que a pecuária leiteira se encontra”, afirmou o deputado Renato Câmara (MDB), coordenador da Frente Parlamentar do Leite.

A pecuária de leite é a única atividade presente em 99% dos municípios brasileiros. Do ponto de vista social, é uma das principais praticadas por pequenos e médios produtores. Mais da metade do leite produzido no Brasil é oriundo de propriedades que se enquadram na Lei 11.326 de 2006 (Agricultura Familiar).

Na abertura do evento, form destacados os desafio de quem labuta na pecuária leiteira sul-mato-grossense é reduzir o custo de produção, com tecnologia sustentável e produto de qualidade. “A produção vem caindo de 2014 para cá, sendo que já foi de 1 milhão de litros por dia e, hoje, 500 mil litros por dia. Isso por conta da competitividade de outras culturas e da dificuldade tributária. Para reverter isso, é necessária ação conjunta entre Estado, Assembleia Legislativa, universidades, produtores, indústrias e federações”, destacou Paulo Fernando Pereira Barbosa, coordenador da Câmara Setorial da Cadeira Produtiva do leite.

De acordo com o secretário-executivo Rogério Beretta diante do cenário, o Governo do Estado tem realizado um diagnóstico profundo sobre a realidade da pecuária leiteira em Mato Grosso do Sul. “Realmente, a atividade precisa passar por mudanças estruturais, desde profissionalização à tecnologia. Estamos prestes a lançar o Proleite, que é um plano de fomento à pecuária leiteira e teremos medidas para melhorar o ambiente. Melhoramento genético, incentivo financeiro e competitividade estarão elencadas no programa”, informou Rogério Beretta, secretário executivo da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

O assunto continua sendo debatido nesta tarde no Seminário Estadual do Leite, que faz parte das ações da Semana Estadual do Leite, criada pela Lei 4.409/2013, de autoria do deputado Junior Mochi (MDB).