Confiança cresce, mas pessimismo ainda persiste

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Humor do empresariado também depende de medidas efetivas do governo, diz presidente da CNDL, Honório Pinheiro. (Foto: Divulgação).

O índice que mede a confiança dos micro e pequenos empresários do varejo e serviços aumentou em junho, mas segue ainda apontando quadro geral de pessimismo. No mês passado, o indicador ficou em 42,93 pontos, um crescimento de 1,77% em relação ao mês anterior e de 18% na comparação com o ano passado. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

O indicador segue abaixo do nível neutro de 50 pontos, indicando quadro geral de pessimismo por parte dos pequenos empresários. A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, mais confiante está o micro e pequeno empresário consultado.

“Se há otimismo, os empresários estão mais dispostos a assumir riscos para ampliar seus negócios e contratar mais funcionários. Mas o humor do empresariado também depende de medidas efetivas do governo para conter o aumento do desemprego e da deterioração fiscal, o que poderá ser observado nos próximos meses com o desenrolar da crise e dos fatos políticos”, afirma o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

A percepção dos micro e pequenos empresários sobre a economia brasileira também segue pessimista. De acordo com a pesquisa, 84,6% dos empresários consideram que a economia regrediu nos últimos seis meses, contra apenas 4,6% que consideram ter havido melhora.

Já na avaliação de seus próprios negócios, 66,5% dizem ter havido piora no desempenho, enquanto 7,8% dizem ter registrado melhora nos últimos meses.

Segundo a pesquisa, os micro e pequenos empresários melhoraram suas expectativas para os próximos seis meses. No último mês de junho, o indicador marcou 57,39 pontos, alta de 19,2% com relação ao mesmo mês do ano passado.

Na comparação com o mês anterior, as expectativas para a economia passaram de 50,34 pontos, em maio, para 54,78 pontos, em junho. Com essa alta, o indicador manteve-se acima da marca neutra de 50 pontos, indicando que a maior parte desses empresários espera que a economia melhore nos próximos meses. (G1).