Organizar as finanças de 2020 pode ser promessa da virada

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Muitas pessoas aproveitam o fim de ano para elaborar listas de promessas a serem cumpridas nos próximos 12 meses para melhorar de vida. Nestas relações entram dietas e a prática de exercícios físicos, mas também uma organização mais eficiente das finanças pessoais para sair do vermelho no ano que está por vir. Em sites de instituições públicas e privadas e em redes sociais há muitas ferramentas, cursos e dicas para organizar o orçamento familiar.

O planejamento financeiro é o primeiro passo para colocar as contas em dia, como explica o economista e professor licenciado da Universidade de Brasília (UnB), Newton Marques. “É colocar no papel tudo o que ganha no mês e o que gasta. Depois, tem que separar o que é dispensável, supérfluo, do que é indispensável”, disse. Ele acrescentou que o ideal é projetar quanto se terá de renda ao longo do ano. “Se os gastos são maiores que a renda, tem começar a cortar o que não é indispensável. Tem que ter TV a cabo, gastar com celular, cada um ter um carro? Isso é supérfluo. Se não tem onde cortar, é o mesmo que dizer que vai tomar dinheiro emprestado e pagar juros”, disse.

O economista também explicou que é importante fazer uma reserva para emergência e para realizar sonhos, como trocar de carro, comprar uma casa ou realizar uma viagem.

Para Marques é preciso haver uma mudança de comportamento dos brasileiros em relação às próprias finanças, evitando o imediatismo. “É como parar de fumar, de beber, deixar de ser sedentário, cuidar da saúde, cuidar do relacionamento familiar. Isso tudo é uma mudança de comportamento. O pior é que problemas com as finanças levam a um desgaste muito grande da saúde, psicológico e isso vai afetar a família”, disse.

Apesar de saber que é difícil conversar com a família sobre as finanças, Marques orienta romper essa barreira. “As pessoas acham que problema de dinheiro tem que empurrar com a barriga. Isso é cultural. Em outros países, isso é levado a sério, mas, aqui no Brasil, não. Talvez por conta o período da hiperinflação muito recentemente. Tem só 25 anos que controlamos a inflação”, disse. Ele citou como exemplo os japoneses que evitam o consumo e poupam mesmo com juros negativos. “No Japão, se falar para gastar eles pegam o dinheiro e poupam. Mas aí alguém pode dizer: mas eles chegaram em um ponto que atenderam as necessidades mínimas. Tudo bem, mas uma família tem condições de fazer além do que pode? Como trocar de celular toda hora, televisão, carro?”, argumentou.