MS e Paraguai planejam laboratório de inteligência em segurança

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LAB

A OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de MS), em parceria com o governo estadual e sociedade civil, lançou hoje (26), o Fórum Permanente de Segurança na Fronteira, em Campo Grande. O grupo adiantou que quer a criação de um laboratório de inteligência na fronteira, além de um trabalho de integração com o Paraguai e Bolívia.

O evento principal do Fórum que terá representantes do governo paraguaio, ministro de Portugal, governo federal e da ONU (Organização das Nações Unidas) vai ocorrer no dia 22 de agosto, das 7h até às 18h, no campus da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.

O presidente da Ordem, Mansour Elias Karmouche, adiantou que a intenção do grupo é criar um laboratório de inteligência, que seja interligado com a Bolívia e Paraguai, que em uma ação conjunta terão melhores resultados para combater o crime organizado.

“Esta ação precisa ser integrada pela nossa polícia local, além da PF (Polícia Federal), PRF (Polícia Rodoviária Federal) e países vizinhos, pois assim teremos um Estado mais seguro, resguardando todo País”, disse Karmouche.

Ele reconhece que é necessário mais investimentos federais na região. “Precisa-se de uma atenção especial, pois aqui é o corredor de entrada de drogas e armas rumo ao Brasil, que se espalha aos outros estados”.

Debate – Integrante do Fórum, o presidente da Associação Comercial de Campo Grande, João Carlos Polidoro, disse que o “contrabando e descaminho” na fronteira prejudica o comércio local.

“Esta discussão precisa ser nacional, pois não se trata de um problema local, já que este tráfico e contrabando segue também para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais”, pontuou.

Polidoro entende que deve se melhorar a infraestrutura das polícias, além de intensificar a discussão com os países vizinhos. “A policia daqui já faz um trabalho positivo, com bons resultados, mas precisa de ajuda e apoio”.

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) destaca que a situação da fronteira interfere nas ações de segurança na Capital. “Aqui tem o consumidor destas drogas, já é uma cidade com quase 1 milhão de pessoas, por isso também vira foco. Esperamos que haja mais investimentos nesta região”.

Trabalho Conjunto – O superintendente da Polícia Federal, Cleo Mazzotti, adiantou que o trabalho conjunto com os países vizinhos, traz resultados práticos para ação na fronteira. “Temos, por exemplo, uma conversa positiva com o Paraguai, pois diminui a apreensão de maconha, em virtude na erradicação de plantações (maconha) no Paraguai, isto contribui e reflete no nosso trabalho”.