A OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de MS), em parceria com o governo estadual e sociedade civil, lançou hoje (26), o Fórum Permanente de Segurança na Fronteira, em Campo Grande. O grupo adiantou que quer a criação de um laboratório de inteligência na fronteira, além de um trabalho de integração com o Paraguai e Bolívia.
O presidente da Ordem, Mansour Elias Karmouche, adiantou que a intenção do grupo é criar um laboratório de inteligência, que seja interligado com a Bolívia e Paraguai, que em uma ação conjunta terão melhores resultados para combater o crime organizado.
“Esta ação precisa ser integrada pela nossa polícia local, além da PF (Polícia Federal), PRF (Polícia Rodoviária Federal) e países vizinhos, pois assim teremos um Estado mais seguro, resguardando todo País”, disse Karmouche.
Ele reconhece que é necessário mais investimentos federais na região. “Precisa-se de uma atenção especial, pois aqui é o corredor de entrada de drogas e armas rumo ao Brasil, que se espalha aos outros estados”.
Debate – Integrante do Fórum, o presidente da Associação Comercial de Campo Grande, João Carlos Polidoro, disse que o “contrabando e descaminho” na fronteira prejudica o comércio local.
“Esta discussão precisa ser nacional, pois não se trata de um problema local, já que este tráfico e contrabando segue também para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais”, pontuou.
Polidoro entende que deve se melhorar a infraestrutura das polícias, além de intensificar a discussão com os países vizinhos. “A policia daqui já faz um trabalho positivo, com bons resultados, mas precisa de ajuda e apoio”.
O prefeito Marquinhos Trad (PSD) destaca que a situação da fronteira interfere nas ações de segurança na Capital. “Aqui tem o consumidor destas drogas, já é uma cidade com quase 1 milhão de pessoas, por isso também vira foco. Esperamos que haja mais investimentos nesta região”.
Trabalho Conjunto – O superintendente da Polícia Federal, Cleo Mazzotti, adiantou que o trabalho conjunto com os países vizinhos, traz resultados práticos para ação na fronteira. “Temos, por exemplo, uma conversa positiva com o Paraguai, pois diminui a apreensão de maconha, em virtude na erradicação de plantações (maconha) no Paraguai, isto contribui e reflete no nosso trabalho”.