
O Governo de Mato Grosso do Sul estima economia de 30% no custo do transporte de soja e milho com a efetivação do Corredor Bioceânico, que será uma rota terrestre aos portos do Chile, partindo de Porto Murtinho. O tema foi debatido em uma reunião na semana passada dentro de um seminário que discute a implantação da rota.
O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, afirma que o Estado pretende usar o trajeto para alcançar principalmente o mercado asiático. “Essa rota vai se viabilizar em razão do fluxo de mercadorias, tanto importação como exportação. Nosso foco inicial é exportar soja, milho e tentar viabilizar alguma coisa de celulose e etanol pensando no mercado dos Estados Unidos”, explica.
Claudio Cavol, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Carga e Logística, afirma que o Brasil demora atualmente cinco dias para liberar uma carga que deixa o país e os países por onde passará o corredor têm regras semelhantes. “Com exeção do Chile, que tem aduanas super modernas e os caminhões não levam nem duas horas para passar”, explica o dirigente.
Como essa questão lida com políticas específicas de cada país, é tratada como o principal entrave para a implantação do projeto. “Não existe produtor ou industrial que aguente essa burocracia”, opina.