
Dênes de Azevedo
O custo de vida do brasileiro dispara e ameaça empurrar novamente milhares de famílias para a miséria. O leite, alimento básico e essencial no dia a dia subiu 54,5% em Dourados em um ano. Em junho do ano passado a caixinha de um litro de leite era vendida a R$ 2,19 (preço mais barato). Pesquisa do Procon de Dourados, feita neste dia 4 de julho, apontou que o mesmo produto é vendido a R$ 3,38.
O Procon, órgão da Prefeitura de Dourados, fez a coleta de preços em 10 estabelecimentos, no centro e bairros da cidade. Foram pesquisados o valor leite pasteurizado em saquinho e leite UHT em caixinha.
A diferença de preço verificada na pesquisa, coordenada pela fiscal Iara Silva Nascimento, chega a quase 50%. No caso do leite em caixinha o menor preço encontrado foi de R$ 3,38 e maior R$ 5,05, diferença de 49,41%. Já o leite pasteurizado e envazado em saquinho foi encontrado com menor preço a R$ 2,35 e maior a R$ 2,59, diferença de 10,21%. O preço médio do leite em caixinha praticado nos estabelecimentos pesquisados é de R$ 3,92.
“Com os preços mostrando tanta diferenciação, nossa recomendação é que as pessoas verifiquem as pesquisas antes de comprar o leite”, diz o diretor do Procon, Rozemar Mattos Souza. Além de observar a pesquisa de preços o Procon recomenda ficar sempre atento também à qualidade do produto.
O preço do feijão, da batata, do leite, do ovo e dos produtos de panificação tem impactado diretamente a vida de milhares de pessoas. Uma política desastrosa dos governos dos presidentes Lula e Dilma Rousseff, com foco no assistencialismo e não na produção e desenvolvimento mergulhou o país numa crise profunda que, segundo os economistas, só deve se dissipar em 2018.
MIGRAÇÃO
O aumento maior no preço do leite de caixinha tem ocasionado uma migração do consumidor para o leite pasteurizado. Isso provocou uma elevação expressiva de aproximadamente 13,09% no varejo deste produto em um ano. O incremento na demanda pelo leite pasteurizado é reflexo do encarecimento dos preços do UHT. Litro pago ao produtor apresenta alta de 5% na variação mensal.
“Com o fim do período chuvoso, o pasto na fazenda começa a perder qualidade nutricional para o rebanho. A necessidade de fornecer alimentos volumosos e concentrados para as vacas começa a pesar no bolso do produtor e, para agravar a situação, a seca em 2016 chegou com maior intensidade”, avalia o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), sobre o mercado para o site Olhar Direto.
Estudo da Scot Consultoria aponta que as cotações subiram de maneira geral em junho, tanto na primeira quanto na segunda quinzena do mês, principalmente pelos estoques, que continuam enxutos, além é claro dos repasses da alta da matéria-prima (leite cru). Com a oferta reduzida de matéria-prima, somada aos altos custos de produção, as valorizações têm sido frequentes para ao produtor de leite e têm sido repassadas para os demais elos da cadeia.
A PESQUISA
Fonte: Procon/Dourados.