Usina é inaugurada em MS com potencial de gerar 1,2 mil empregos

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Aguardada há anos, a Usina Cedro, empreendimento do grupo paulista Pedra Agroindustrial, foi inaugurada nesta sexta-feira (12), em Paranaíba. A indústria iniciou as atividades no mês de agosto, sendo hoje apenas a solenidade formal de inauguração.

Segundo o Governo do Estado, o empreendimento tem potencial de gerar 1,2 mil empregos diretos e indiretos em médio prazo.

A Usina está localizada no distrito de Vila Raimundo, distante 41 quilômetros de Paranaíba, e tem capacidade de processamento de 2,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e produção estimada de 190 milhões de litros de etanol ao ano.

Com o bagaço resultante da moagem da cana, é possível cogerar 38.602 MWh de energia que é utilizada para movimentar o maquinário próprio e o excedente é exportado para a rede.

O Grupo Pedra Agroindustrial SA investiu mais de R$ 660 milhões no projeto da Usina Cedro, que tem capacidade de processamento de 2,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e produção estimada de 190 milhões de litros de etanol ao ano. Com o bagaço resultante da moagem da cana, é possível cogerar 38.602 MWh de energia que é utilizada para movimentar o maquinário próprio e o excedente é exportado para a rede.

O projeto foi iniciado em 2012, com o nome de Orbi Bioenergia, pertencente à Companhia Energia Renovável (Cern). A planta foi adquirida em 2022 pelo Grupo Pedra Agroindustrial S/A, de Andradina (SP), investiu mais de R$ 660 milhões no projeto e o renomeou para Usina Cedro. 

O diretor superintendente do grupo, Luiz Roberto Kaysel Cruz, agradeceu o suporte do governo do Estado para a concretização da usina.

“O alicerce que mantemos há 94 anos nos permite assegurar que será preservado para construir um futuro melhor para nosso país”, afirmou.

O Grupo Pedra Agroindustrial atua desde 1931 e agora conta com quatro unidades produtoras, sendo três no estado de São Paulo e uma em Mato Grosso do Sul, com produção de etanol, açúcar e energia elétrica a partir do processamento da cana-de-açúcar.

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, disse estar impressionado com a tecnologia avançada empregada no processo industrial para garantir eficiência e sustentabilidade.

“Quando fomos acionados pela então ministra Tereza Cristina, começamos um trabalho intenso com nossa equipe e com a equipe da Pedra para darmos andamento aos processos de implantação do projeto. E fomos muito demandados, o que é muito bom. Cumprimos as datas acordadas e continuamos trabalhando juntos, porque tem mais projetos sendo feitos”, afirmou o secretário.

Com a inauguração da fábrica, mais melhorias estão previstas para a região do bolsão. O Governo do Estado já aprovou a construção de um trevo no entroncamento da BR-158 com a MS-434, na altura da Vila Raimundo, e a pavimentação do trecho de 7 quilômetros da MS-434 até a entrada da Usina Cedro.

Essas obras serão custeadas com recursos do Fundo para o Desenvolvimento Industrial de Mato Grosso do Sul (Prodesenvolve).

O governador Eduardo Riedel revelou disse que além da geração de empresas, a chegada da usina também impacta positivamente toda a região.

“Mato Grosso do Sul tem clareza de onde quer chegar: transição energética, segurança alimentar, sustentabilidade. Tudo isso temos aqui, podemos dar aula ao mundo. Mas de nada adianta o crescimento, se não conseguirmos traduzir isso em bem-estar social”, disse Riedel.

Usinas

Com a entrada em operação da Usina Cedro, Mato Grosso do Sul passa a contar com 22 unidades, sendo 19 de processamento de cana-de-açúcar e 3 de milho.

Todas produzem etanol hidratado, o combustível utilizado pelos veículos flex e para mistura na gasolina, sendo que 14 também refinam o etanol anidro, o produto com menor teor de água utilizado na indústria farmacêutica.

Ainda 14 usinas produzem açúcar e todas utilizam o bagaço da cana para cogeração de energia elétrica que é utilizada para movimentar a própria indústria e o excedente é exportado para a rede nacional.

Conforme a Semadesc, na safra 2025/2026 serão produzidos 4,7 bilhões de litros de etanol pelas usinas do Estado, além de 2,6 milhões de toneladas de açúcar. Em 2023 o setor gerou 2.200 GWh de energia e emprega cerca de 35 mil pessoas.